segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Cordados

      Animais no filo Chordata são deuterostômios (ânus formado primeiro), têm simetria bilateral,celoma, metamerismo, e cefalização, porém para classificar animais como cordados, além de todas essas características, eles precisam apresentar algumas outras que são exclusivas. Uma delas e a principal é a notocorda em alguma fase da vida, responsável pela definição do nome. Ainda existem outras exclusivas dos cordados como o tubo nervoso dorsal, fendas faríngeas, endóstilo e cauda.
A notocorda é uma estrutura flexível em forma de bastão derivada de blocos do mesoderma, os somitos. A estrutura aparece logo no início do desenvolvimento dos embriões e se estende por todo o corpo para fortalecê-lo, pois serve de base para a fixação de músculos. Em animais protocordados e nos agnatos, a notocorda persiste por toda vida, sendo que nos demais a notocorda está presente somente na fase embrionária, pois é substituída pelas vértebras.
      O tubo nervoso dorsal é uma estrutura sólida parcialmente oca que passa por cima da notocorda formada por dobras da endoderme. O tubo dá origem ao sistema nervoso dorsal, especificamente a ponta anterior do tubo dá origem ao encéfalo que é protegido pelo crânio.
       As fendas faríngeas são aberturas localizadas na altura da faringe que são formadas por invaginações da parte externa da ectoderme ou da endoderme da faringe. As fendas são usadas para filtração do líquido e obtenção de alimentos. Em animais aquáticos as fendas persistem durante toda a vida, já em animais terrestres as fendas se mantém somente durante a vida embrionária.
Endóstilo está localizado abaixo das fendas faríngeas e secreta muco que ajuda no acumulo de muitas partículas que vem das fendas. O endóstilo vai dar origem a glândula tireóide.
      A cauda é presente em alguma fase da vida tem a função de mobilidade em cordados aquáticos de vida livre ou que tem larvas aquáticas de vida livre. Em humanos a cauda existe apenas vestigialmente (o osso do cóccix), ao contrário dos demais vertebrados, que em sua maioria apresentam a cauda mais desenvolvida.

Os equinodermos

     Os equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma: pele) constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de um endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas vezes provido de espinhos salientes, que justificam o nome zoológico do grupo.
Embora não seja uma coluna vertebral, ele é importante na sustentação do corpo, pois é bem desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.
O tamanho dos equinodermos varia bastante; o diâmetro da estrela-do-mar, por exemplo, medido de uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns centímetros a até um metro, dependendo da espécie.
 

Estrela-do-mar  

   

Características dos equinodermos

 

       Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero ou ambulacrário (do latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a locomoção, respiração, circulação, excreção e até mesmo com a percepção do animal.

       Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.

Reprodução


Sexuada

     Os equinodermos realizam reprodução sexuada, isto é, reprodução com a participação de gametas. Eles possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água. Seu desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria.


Pepino-do-mar
 

Regeneração

Quando a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma nova cauda, regenerando-se. Isso também acontece quando uma estrela-do-mar perde um dos braços.
Esse fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma vantagem para esses animais, que, quando atacados ou em iminente perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder.
Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões celulares. O pepino-do-mar, em situação extrema de perigo, deixa parte de suas vísceras (órgãos internos). Isso é vantajoso, pois distrai os predadores e lhe dá tempo de escapar.

Os Moluscos

      Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.




       Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.



A concha da ostra protege de predadores, da dissecação etc.

      A concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
     Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.

Onde vivem os moluscos

     Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de  horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
     No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores, pois há concha fóssil de 2,5 metros.

O corpo dos moluscos

     Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
     O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeça, pés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor. 

 

Artrópodes


      Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais artrópodes.
      Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais conhecidas.

Características gerais dos artrópodes


     A principal característica que diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".
     As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes, muitos deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.

Inseto saindo do seu exoesqueleto antigo.
 
     Além das patas articuladas, outra característica importante dos artrópodes é a presença de um reforço externo: o exoesqueleto. Ele é resistente, impermeável e é constituído de sais de quitina, que é um tipo de "açúcar".
     O exoesqueleto reveste e protege o corpo desses animais de muitos perigos externos e também evita que eles percam água. É uma importante adaptação ao ambiente terrestre.
     Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda. Nesse fenômeno, o exoesqueleto antigo se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado.





Anelídeos

     O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).
     A minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.

Características gerais dos anelídeos


      Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como a sanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte como o minhocuçu, que atinge dois metros.

 
Sanguessuga 


 
Minhocuçu



      O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.
     O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.
     Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.

Os Nematelmintos

      Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e helmin: 'vermes') são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas.
     Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e resistente.

 
Lombriga (Ascaris lumbricoides)


 
Porção anterior de Ancylostoma duodenale, mostrando boca com dentículos dilacerantes.



Doenças causadas por Nematódeos 

     Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns exemplos de nematelmintos que parasitam os seres humanos .

Os platelmintos

      Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
     Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.
      Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.
    

Cnidários

      Os cnidários, também conhecidos como celenterados, são animais que se reúnem no filo Cnidaria. A maioria dos cnidários é encontrada em ambientes marinhos, e os principais representantes desse grupo são as águas-vivas, as anêmonas-do-mar, os corais e as caravelas.
Existem duas formas de cnidários: os pólipos e as medusas. Os pólipos são animais que vivem fixos a rochas e que apresentam poucos movimentos – é o caso das anêmonas-do-mar e dos corais. Já as medusas nadam livremente e possuem uma forma parecida com um guarda-chuva, como as águas-vivas. As medusas possuem tentáculos ao redor da boca e nas bordas do corpo. O cnidário conhecido como caravela-portuguesa tem forma de medusa e flutua de acordo com as correntes marinhas.

 Figura mostrando as formas de pólipo e de medusa 
Figura mostrando as formas de pólipo e de medusa



     Em cnidários como os corais há um esqueleto externo feito de calcário que dá forma e sustenta o corpo do animal; enquanto que em cnidários como a água-viva, o corpo é mole e não possui esqueleto de sustentação.


Figura mostrando o esqueleto de calcário de alguns corais 
O esqueleto de calcário de alguns corais

      Os animais desse filo são muito conhecidos por causarem queimaduras e irritações na pele, em razão de uma célula típica que eles possuem – chamada de cnidoblasto. Os cnidoblastos são estruturas responsáveis pela defesa contra predadores e também pela captura de alimento. Concentrados principalmente ao redor da boca e nos tentáculos, os cnidoblastos possuem em seu interior um líquido tóxico capaz de paralisar e matar os animais que servem de alimento para os cnidários (como peixes, crustáceos e vermes).
No Norte e Nordeste da Austrália podemos encontrar uma espécie de água-viva que, dependendo da extensão da área afetada, pode matar uma pessoa adulta por parada cardiorrespiratória em menos de três minutos. 


Figura 1: anêmona-do-mar; Figura 2: água-viva; Figura 3: caravela-portuguesa; Figura 4: corais 
Figura 1: anêmona-do-mar; Figura 2: água-viva; Figura 3: caravela-portuguesa; Figura 4: corais
 

Poríferos

      Os poríferos, também chamados de esponjas ou espongiários, são animais invertebrados aquáticos e fixos em um substrato. O nome do grupo deve-se pela presença de poros pelo corpo.
     Os poríferos pertencem ao filo Porifera. Eles possuem as mais variadas formas, tamanhos e cores. Apresentam um padrão corporal básico, em formato de vaso, tubo ou barril.

Esponjas 
Poríferos


Características

    O habitat da maioria das espécies é o ambiente marinho, poucas vivem em água doce. As esponjas são encontradas fixas no fundo do mar, em rochas, conchas e areia. Podem viver de forma solitária ou em colônias.

Esponjas em forma de vasos 
Esponjas em forma de vasos


Respiração e Alimentação



      Os poríferos são animais filtradores. Eles promovem uma corrente de água que entra pelos poros, passa pelo átrio e sai pelo ósculo. Ao entrar, a água fornece oxigênio e ao sair, carrega dióxido de carbono e resíduos. Assim, ocorre a respiração, através das trocas gasosas por difusão.
     A alimentação se dá através de partículas alimentares suspensas na água, como protozoários e algas unicelulares. As partículas absorvidas são capturadas pelos coanócitos, que digere parte das substâncias. A outra parte é digerida pelos amebócitos, sendo posteriormente distribuída a todas as células.



 

Angiospermas

     As angiospermas conquistaram definitivamente o ambiente terrestre graças ao seu grau de complexidade, diversidade e distribuição geográfica.
     É o mais numeroso grupo de plantas atuais, variando de gramíneas a enormes árvores. Existem cerca de 235.000 espécies descritas e habitam todos os tipos de ambientes.
     A principal característica deste grupo é a presença do fruto e das flores. A flor contém os óvulos e podem estar agrupadas em inflorescências ou estar solitárias. As flores possuem estruturas para atrair polinizadores como lindas pétalas coloridas.

Estrutura das angiospermas. Ilustração: BlueRingMedia / Shutterstock.com
Estrutura das angiospermas.

Grupos de angiospermas

   Monocotiledôneas: nesta classe estão cerca de 65.000 espécies como gramíneas, palmeiras e orquídeas. As plantas deste grupo possuem raiz fasciculada e as nervuras das folhas são paralelas. A semente possui apenas um cotilédone. Normalmente o ciclo de vida é curto.
       Dicotiledôneas:Abrigam cerca de 165.000 espécies. A semente possui dois cotilédones, a raiz pode ser axial ou pivotante. A nervura das folhas é reticulada. As flores são tetrâmeras ou pentâmeras. Normalmente apresentam ciclo de vida longo.

 

Reprodução

     As angiospermas são heterosporadas e o tamanho dos gametófitos é muito reduzido. Não há formação de anterídios e arquegônios.
     O pólen é levado até o estigma da flor. Ali ele germina e produz o tubo polínico até o gametófito feminino. Os gametas masculinos são aflagelados. O óvulo fecundado vai desenvolver uma semente, envolta pelo ovário, que se desenvolve em fruto.
     Os processos de formação do megagametófito e dos núcleos polares são chamados de megaesporogênese e megagametogênese.
Normalmente as angiospermas fazem fecundação cruzada, porém algumas se reproduzem por autopolinização.

 

Gimnospermas

      As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

      As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

     Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos. 
 
Araucárias, tipo de conífera.


Reprodução das gimnospermas 

     Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. 

      O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

      No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

     Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião.
 

Pteridófitas

      Samambaias, avenças, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaias ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.

 
Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.
     

      As pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes
      Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres. 
 
Samambaia   

 
Xaxim 

   Reprodução das pteridófitas 

     Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.  
     Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
     Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
     Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo. 
     O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.
 

Briófitas

Conceptáculos e propágulos: estruturas especializadas para a reprodução assexuada de certas briófitas
 Conceptáculos e propágulos: estruturas especializadas para a reprodução assexuada de certas briófita. 


      Briófitas pertencem ao reino Plantae e, desta forma, são eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. Estes organismos não possuem vasos condutores de seiva, nem estruturas rígidas de sustentação, justificando seu pequeno porte. Assim, o transporte de substâncias se dá por difusão e ocorre de forma lenta.
São encontradas predominantemente em ambientes úmidos, porém podem ser vistas em água doce, em locais extremamente secos ou mesmo nos polos da Terra. Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta; sendo os indivíduos do primeiro os mais conhecidos por nós.
       A parte permanente das briófitas é o gametófito (n). O esporófito (2n) depende deste último para sua nutrição, e não perdura por muito tempo.

     
       Encontrando condições propícias, os esporos desenvolvem-se, formando protonemas. Estes crescem e dão origem ao musgo adulto que, mais tarde, dará continuidade a este ciclo.

Talófitas

     
        Talófitas são organismos pluricelulares, tradicionalmente considerados plantas, de estrutura muito simples, e caracterizados por não apresentarem diferenciação celular na raiz, caules e folhas, tendo um corpo vegetativo pouco diferenciado denominado talo. 

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     Possuem tecido único, não diferenciado: o TALO. Ou seja, apresentam multicelularidade com interdependência. 
     São encontradas na água, no solo, e no corpo de plantas e animais.
     Possuem nutrição autotrófica.
     Compreendem as algas pardas ou marrons (feofícias ou feófitas), vermelhas (rodofíceas ou rodófitas) e verdes (clorofíceas ou clorófitas).
     A reprodução é sexuada e assexuada, por ciclo reprodutivo alternante e haplodiplobionte, ou por fragmentação.
     São algas do reino protista.
     São seres cloro filados e:    
     Possuem Clorofila A em seus cloroplastos.
     Possuem pigmentos acessórios como os carotenoides.
     Possuem a parede celular celulósica.
     Possuem como reserva energética o AMIDO.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Fungos



SERES VIVOS




Reino Fingi


Os fungos são organismos- que podem ser unicelulares ou pluricelulares- destituídos de clorofila. Possuem parede celular e sua reprodução normalmente envolve a participação de esporos, como ocorre entre as plantas. Mas geralmente armazenam glicogênio e apresentam nutrição heterótrofa, como os animais. E, enquanto os animais são heterótrofos por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção, conforme veremos a diante. Esses seres, de vida livre ou não, são encontrados nos mais variados ambientes, preferencialmente em lugares úmidos e ricos em matéria orgânica; assim, o número de espécies de fungos é particularmente abundante nas florestas tropicais.
Em virtude de suas peculiaridades, modernamente os fungos são enquadrados num reino "somente deles": o reino Fungi                       
 Importância dos fungos

Em sua maioria, os fungos, assim como as bactérias, tem uma notável importância ecológica atuando como organismos decompositores ou saprófitos. Essa ação, como vimos, permite a reciclagem da matéria na natureza e é fundamental para a manutenção de vida na terra
  Certos fungos atuam como parasitas de plantas e animais, provocando doenças.
Na agricultura, são bastantes conhecidas as doenças causadas por fungos em plantas cultivadas, como arroz, milho, feijão, batata, tomate, café, algodão e outras. Entre tantos exemplos pode- se citar o fungo Hemileia Yastatrix, causador da ferrugem do café, doença que dizimou grande parte dos cafezais brasileiros na década de 1970.
Mas existes fungos aliados dos interesses humanos na agricultura. É o caso do metarhizium anisopliae, um fungo usado em controle biológico no combate a seres nocivos às plantações, como besouros, cigarrinhas e outros insetos.
  Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, doença causadas por fungos. Entre elas podemos considerar o "sapinho" ou a candidíase                       
Causada pelo fungo Candida albicans; a frieira ou pé-de atleta, provocada pelo fungo Tinea pedis                       
 Na fabricação do álcool etílico e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos fungos do gênero Saccharomyces, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico.

Esses fungos, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos facultativos, já que realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar; assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.                       
 Os fungos do gênero Saccharomyces são também empregados como fermento na fabricação de pães, bolos e biscoitos, pois o gás carbônico que liberam durante a fermentação provoca o crescimento da massa.                       
 Na indústria de antibióticos, os fungos também têm papel de destaque. Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming, em 1929, extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial.

Hoje, muitos outros antibióticos largamente aplicados são obtidos a partir de culturas de fungos.
Certos fungos pluricelulares, como os champignons(Agaricus campestres), são utilizados como alimentos. No entanto, convém lembra que muitos desses fungos ou cogume-los silvestre, como os boletos Santana e o amanita verna, são venenosos e podem provocar a morte quando ingeridos. Outros produzem substancia alucinógenas, como o claviceps purpúrea, que vive no centeio e produz o LSD ( sigla de Lysergic-Sour-Diethylamid) ou ácido lisérgico, uma das mas potentes drogas alucinógenas conhecida. O Amanita Muscaria, Considerado na Siberia em tempos passados um cogumelo sagrado, foi um dos primeiros conhecidos por seus poderes alucinógenos: era consumido pelos nativos daquela região, que acreditavam dele obter sabedoria e aproximação com os espíritos.

Característica gerais dos fungos


As Principais características dos fungos podem ser assim descrita:
·         Podem ser uni ou pluricelulares. No caso dos pluricelulares, o corpo ou talo do fungo é chamado de micélio O micélio, por sua vez, é formado por um emaranhado de filamentos denominados hifas
·         Os fungos vivem preferencialmente em locais úmidos e ricos em matéria orgânica
·         A nutrição dos fungos e heterótrofa; logo, esse organismo não possuem clorofila. Mas, ao contrario dos animais, que se alimentam por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção. Possuem digestão extracorpórea, isto é, eles eliminam no ambiente enzimas que digerem o alimento disponível; somente depois disso os produtos da digestão são absorvidos pelo organismo
·         O Material de reserva dos fungos geralmente é o glicogênio, tal como ocorre entre os animais em geral.
·         Reproduzem-se sexuada ou assexuadamente; é comum a reprodução por meio de esporos.
Existem vários grupos de fungos. Dentre eles, destacaremos o grupos dos basidiomicetos (do grego basidion: Base pequena; miketos: fungos) , fungos geralmente conhecidos como cogumelos- de – chapéus. Nesses fungos, a parte vegetativa [e geralmente subterrânea e consiste num micélio que muitas vezes se entende por vários metros abaixo do solo. A parte aérea, visível ao observador, constitui o corpo de frutificação ou  basidiocarpo, estrutura que, em condições favoráveis, emerge do solo, “ Brotando” da parte vegetativa.
O Corpo de frutificação abriga no “ chapéu “ inúmeras hifas férteis denominados basídios. Cada basídio produz quatro basidiósporos, que quando eliminados e disseminados podem germinar e originar novos milicos.

A diversidade dos fungos

Atualmente são conhecidas cerca de 70.000 espécies de fungos, um numero que representa provavelmente apenas cerca de 5% do total de espécies desses seres vivos no planeta. Estimativas como essas apontam para a existência de aproximadamente 1,5 Milhão de espécie de fungos.
Cerca de 1700 novas espécies são descritas a cada ano.  Se for mantida essa velocidade de descrição de espécie novas, e estimando-se a existência de 1,5 milhão de espécies de fungos no planeta, será necessários mais de 800 anos para que todos os integrantes do reino fungi sejam conhecidos.
Uma curiosidade: em agosto de 2000, pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados unidos Encontraram, na floresta nacional de Malheur, o maior de todos os seres vivos conhecidos: um megafundo ( Armillaria ostoyae) de pela menos 2400 anos de vida, cuja micélio estende-se sob o solo abrangendo uma área de cerca de 900 hectares – equivalente a área ocupada por 47 estádios dos maracanã, um ao lado do outro; A cor amarelada dos corpos de frutificação produzidos por esses fungo deu a ele o apelido de cogumelo-mel”.

Cordados

       Animais no filo Chordata são deuterostômios (ânus formado primeiro), têm simetria bilateral,celoma, metamerismo, e cefalização, poré...